Sínodo 2021 - 2023
Como surgiram os Sínodos?
A História da Igreja testemunha que o Sínodo dos Bispos foi instituído por São Paulo VI em 15 de setembro de 1965, por meio do Motu Proprio Apostolica Sollicitudo. Sua criação se deu no contexto do Concílio Vaticano II, que com a Constituição Dogmática Lumen Gentium (21 de novembro de 1964).
A palavra Sínodo - Um bom ponto de partida é a etimologia da palavra, composta das palavras gregas “Syn” – “Com” – e “Hodos” – “Caminho” –. Sínodo significa, então, “caminho com”, ou “caminho juntos”. “Sínodo” é uma palavra antiga, cujo significado recorda os conteúdos mais profundos da Revelação. […] Indica o caminho que os membros do Povo de Deus percorrem juntos. Remete, portanto, para o Senhor Jesus que se apresenta a si mesmo como “o caminho, a verdade e a vida”, e para o fato de os cristãos, seguindo Jesus, serem chamados nas origens “os discípulos do caminho”.
Significado dos Símbolos:
Uma grande árvore:
Majestosa, cheia de sabedoria e luz, atinge o céu. Sinal de profunda vitalidade e esperança, exprime a cruz de Cristo. Traz a Eucaristia, que brilha como o sol. Os ramos horizontais se abrem como mãos ou asas e sugerem, ao mesmo tempo, o Espírito Santo.
O povo de Deus:
Não é estático: está em movimento, em referência direta à etimologia da palavra sínodo, que significa “caminhar junto”. As pessoas estão unidas pela mesma dinâmica e respiram da Árvore da Vida, a partir da qual iniciam sua jornada. Este aspecto é reforçado pela multiplicidade de cores vivas que são, elas próprias, sinais de alegria. Todas no mesmo nível: jovens, idosos, homens, mulheres, adolescentes, crianças, leigos, religiosos, pais, casais, solteiros, deficientes, o bispo e a freira, todos caminham juntos.
A linha de base horizontal :
“Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”, vai da esquerda para a direita no sentido de uma marcha, sublinhando e reforçando-a, terminando com o título “Sínodo 2021-2023”: o ponto culminante que resume tudo. (Fonte: CNBB)
Qual é o objetivo deste Sínodo?
A Igreja reconhece que a sinodalidade é parte integrante da sua verdadeira natureza. Ser Igreja sinodal exprime-se nos Concílios ecuménicos, nos Sínodos dos Bispos, nos Sínodos diocesanos e nos conselhos diocesanos e paroquiais. Há muitas maneiras pelas quais já experimentamos formas de “sinodalidade” pela Igreja fora. No entanto, ser Igreja sinodal não se limita a estas instituições já existentes. De facto, a sinodalidade não é tanto um acontecimento ou um slogan, mas um estilo e uma forma de ser pela qual a Igreja vive a sua missão no mundo. A missão da Igreja exige que todo o Povo de Deus esteja num caminho em conjunto, com cada membro a desempenhar o seu papel crucial, unidos uns aos outros. Uma Igreja sinodal caminha em comunhão para prosseguir uma missão comum através da participação de cada um dos seus membros. O objetivo deste Processo Sinodal não é proporcionar uma experiência temporária ou única de sinodalidade, mas proporcionar uma oportunidade para todo o Povo de Deus discernir em conjunto como progredir no caminho para ser uma Igreja mais sinodal a longo prazo.
Um dos frutos do Concílio Vaticano II foi a instituição do Sínodo dos Bispos. Embora o Sínodo dos Bispos se tenha realizado até agora como uma reunião de bispos com e sob a autoridade do Papa, a Igreja apercebe-se cada vez mais de que a sinodalidade é o caminho para todo o Povo de Deus. Assim, o Processo Sinodal já não é apenas uma assembleia de bispos, mas um 8 caminho para todos os fiéis, na qual cada Igreja local tem um papel integral a desempenhar. O Concílio Vaticano II revigorou a sensação de que todos os batizados, tanto a hierarquia como os leigos, são chamados a ser participantes ativos na missão salvífica da Igreja (LG 32-33). Os fiéis receberam o Espírito Santo no batismo e na confirmação e estão dotados de diferentes dons e carismas para a renovação e edificação da Igreja, como membros do Corpo de Cristo. Assim, a autoridade pedagógica do Papa e dos bispos está em diálogo com o sensus fidelium, a voz viva do Povo de Deus3 . O caminho da sinodalidade procura tomar decisões pastorais que reflitam ao máximo possível a vontade de Deus, fundamentando-as na voz viva do Povo de Deus4 . Note-se que a colaboração com teólogos – leigos, ministros ordenados e religiosos – pode ser um apoio útil para articular a voz do Povo de Deus que exprime a realidade da fé com base na experiência vivida.
Se os Sínodos mais recentes examinaram temas como a Nova Evangelização, a Família, os Jovens e a Amazónia, este Sínodo concentra-se no tema da sinodalidade em si mesma.
O atual Processo Sinodal que estamos a empreender é orientado por uma questão fundamental: Como é que este "caminhar juntos" tem lugar, hoje, a diferentes níveis (desde o local ao universal), permitindo que a Igreja anuncie o Evangelho? E quais os passos que o Espírito nos convida a dar para crescermos como Igreja sinodal? (DP 2).
Nesta perspetiva, o objetivo do atual Sínodo é escutar, como todo o Povo de Deus, o que o Espírito Santo está a dizer à Igreja. Fazemo-lo escutando juntos a Palavra de Deus na Sagrada Escritura e na Tradição viva da Igreja e, depois, escutando-nos uns aos outros e especialmente aos que estão à margem, discernindo os sinais dos tempos. De facto, todo o Processo Sinodal visa promover uma experiência vivida de discernimento, participação e corresponsabilidade, onde se reúne uma diversidade de dons para a missão da Igreja no mundo.
Neste sentido, é evidente que o objetivo deste Sínodo não é produzir mais documentos. Pelo contrário, destina-se a inspirar as pessoas a sonhar com a Igreja que somos chamados a ser, a fazer florescer as esperanças das pessoas, a estimular a confiança, a vendar as feridas, a tecer relações novas e mais profundas, a aprender uns com os outros, a construir pontes, a iluminar mentes, a aquecer corações e a dar força de novo às nossas mãos para a nossa missão comum (DP, 32). Assim, o objetivo deste Processo Sinodal não é apenas fazer uma série de exercícios que começam e param, mas um caminho de crescimento autêntico rumo à comunhão e à missão que Deus chama a Igreja a viver no terceiro milénio.
Este caminho em conjunto será um chamamento a renovar as nossas mentalidades e as nossas estruturas eclesiais, a fim de vivermos o chamamento que Deus faz à Igreja por entre os atuais sinais dos tempos. Escutar todo o Povo de Deus ajudará a Igreja a tomar decisões pastorais que correspondam o mais possível à vontade de Deus5 . A perspetiva última que orienta este caminho sinodal da Igreja é servir o diálogo de Deus com a humanidade (DV 2) e caminhar juntos pelo Reino de Deus (cf. LG 9; RM 20). No final, este Processo Sinodal procura avançar para uma Igreja que seja mais frutuosa ao serviço da vinda do Reino dos Céus.
Quem pode participar deste Sínodo?
Vemos ao longo dos Evangelhos como Jesus se estende a todos. Ele não se limita a salvar as pessoas individualmente, mas salva-as como um povo que Ele mesmo reúne, enquanto único Pastor de todo o rebanho (cf. Jo 10,16). O ministério de Jesus mostra-nos que ninguém é excluído do plano salvífico de Deus.
O trabalho de evangelização e a mensagem de salvação não podem ser compreendidos sem a permanente abertura de Jesus a um público o mais vasto possível. Os Evangelhos referemse a isto como a multidão, composta por todas as pessoas que seguem Jesus ao longo do caminho e por todos os que Jesus chama a segui-lo. O Concílio Vaticano II salienta que “todos os homens e mulheres são chamados ao novo povo de Deus” (LG 13). Deus está verdadeiramente a trabalhar em todo o povo que Ele reuniu. É por isso que “a totalidade dos fiéis que receberam a unção do Santo não pode enganar-se na fé. E esta sua propriedade peculiar manifesta-se por meio do discernimento sobrenatural da fé do povo todo, quando este, desde os Bispos até ao último dos leigos fiéis, manifesta consenso universal em matéria de fé e costumes” (LG 12). O Concílio salienta ainda que tal discernimento é animado pelo Espírito Santo e procede através do diálogo entre todos os povos, lendo os sinais dos tempos em fidelidade aos ensinamentos da Igreja.
Nesta perspetiva, o objetivo desta fase diocesana é consultar o Povo de Deus para que o Processo Sinodal seja levado a cabo através da escuta de todos os batizados. Ao convocar este Sínodo, o Papa Francisco está a convidar todos os batizados a participar neste Processo Sinodal que começa a nível diocesano. As dioceses são chamadas a ter em conta que os principais sujeitos desta experiência sinodal são todos os batizados. É preciso ter especial cuidado para envolver as pessoas que possam correr o risco de serem excluídas: mulheres, deficientes, refugiados, migrantes, idosos, pessoas que vivem na pobreza, católicos que 13 raramente ou nunca praticam a sua fé, etc. É necessário também encontrar meios criativos para envolver as crianças e os jovens.
Juntos, todos os batizados são o sujeito do sensus fidelium, a voz viva do Povo de Deus. Ao mesmo tempo, para participar plenamente no ato de discernimento, é importante que os batizados escutem a voz de outras pessoas do seu contexto local, incluindo pessoas que abandonaram a prática da fé, pessoas de outras tradições de fé, pessoas sem crença religiosa, etc. Efetivamente, como declara o Concílio: “As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração” (GS 1).
Por esta razão, enquanto todos os batizados são especificamente convocados a participar no Processo Sinodal, ninguém – não importa a sua filiação religiosa – deve ser excluído de partilhar a sua perspectiva e experiências, na medida em que querem ajudar a Igreja no seu caminho sinodal de procura do que é bom e verdadeiro. Isto vale especialmente para aqueles que são mais vulneráveis ou marginalizados.
O que é a sinodalidade?
Ao convocar este Sínodo, o Papa Francisco convida toda a Igreja a refletir sobre um tema que é decisivo para a sua vida e missão: “O caminho da sinodalidade é precisamente o caminho que Deus espera da Igreja do terceiro milénio”. No seguimento da renovação da Igreja proposta pelo Concílio Vaticano II, este caminho em conjunto é simultaneamente um dom e uma tarefa. Refletindo juntos sobre o caminho feito até agora, os diversos membros da Igreja poderão aprender com as experiências e perspectivas uns dos outros, guiados pelo Espírito Santo (DP 1).
Iluminados pela Palavra de Deus e unidos em oração, seremos capazes de discernir os processos para procurar a vontade de Deus e dar seguimento aos caminhos para os quais Deus nos chama – rumo a uma comunhão mais profunda, a uma participação mais plena e a uma maior abertura ao cumprimento da nossa missão no mundo. A Comissão Teológica Internacional (CTI) descreve assim a sinodalidade (nn. 3 e 70): “Sínodo” é uma palavra antiga e veneranda na Tradição da Igreja, cujo significado recorda os conteúdos mais profundos da Revelação. […] Indica o caminho que os membros do Povo de Deus percorrem juntos. Remete, portanto, para o Senhor Jesus que se apresenta a si mesmo como «o caminho, a verdade e a vida» (Jo 14,6), e para o facto de os cristãos, seguindo Jesus, serem chamados nas origens «os discípulos do caminho» (cf. At 9,2; 19,9.23; 22,4; 24,14.22). A sinodalidade designa, antes de mais, o estilo peculiar que qualifica a vida e a missão da Igreja, exprimindo a sua natureza como Povo de Deus que caminha em conjunto e se reúne em assembleia, convocado pelo Senhor Jesus na força do Espírito Santo para anunciar o Evangelho. Ela deve exprimir-se no modo ordinário de viver e de agir da Igreja.
Neste sentido, a sinodalidade permite que todo o Povo de Deus caminhe em conjunto, escutando o Espírito Santo e a Palavra de Deus, para participar na missão da Igreja na comunhão que Cristo estabelece entre nós. Em última análise, este caminho a percorrer juntos é a forma mais eficaz de manifestar e pôr em prática a natureza da Igreja como Povo peregrino e missionário de Deus (DP 1). Pelo Batismo, todo o Povo de Deus tem em comum a mesma dignidade e a mesma vocação. Em virtude do nosso Batismo, todos somos chamados a ser participantes ativos na vida da Igreja.
Nas paróquias, nas pequenas comunidades cristãs, nos movimentos leigos, nas comunidades religiosas e noutras formas de comunhão, mulheres e homens, jovens e idosos, somos todos convidados a escutar-nos uns aos outros para ouvirmos os murmúrios do Espírito Santo, que vem guiar os nossos esforços humanos, exalando sobre a Igreja um sopro de vida e de vitalidade e conduzindo-nos a uma comunhão mais profunda para a nossa missão no mundo. À medida que a Igreja embarca neste caminho sinodal, devemos esforçar-nos por nos basearmos em experiências de escuta e discernimento autênticos no caminho de nos tornarmos a Igreja que Deus nos chama a ser.
PALAVRAS-CHAVE PARA O PROCESSO SINODAL
O tema do Sínodo é “Para uma Igreja Sinodal: Comunhão, Participação e Missão”. As três dimensões do tema são comunhão, participação e missão. Estas três dimensões estão profundamente interrelacionadas. Elas são os pilares vitais de uma Igreja sinodal. Não há hierarquia entre elas. Pelo contrário, cada uma enriquece e orienta as outras duas. Há uma relação dinâmica entre as três que deve ser articulada tendo em conta as três em conjunto. → Comunhão: Pela sua graciosa vontade, Deus reúne-nos como povos diversos de uma só fé, através da aliança que oferece ao seu povo. A comunhão que partilhamos encontra as suas raízes mais profundas no amor e na unidade da Trindade.
É Cristo que nos reconcilia com o Pai e nos une uns aos outros no Espírito Santo. Juntos, somos inspirados pela escuta da Palavra de Deus, através da Tradição viva da Igreja, e com base no sensus fidei que partilhamos. Todos temos um papel a desempenhar no discernimento e na vivência do chamamento que Deus faz ao seu povo. → Participação: Um chamamento ao envolvimento de todos os que pertencem ao Povo de Deus – leigos, consagrados e ministros ordenados – para se empenharem no exercício de uma escuta profunda e respeitosa uns dos outros. Esta escuta cria espaço para ouvirmos juntos o Espírito Santo e guia as nossas aspirações para a Igreja do Terceiro Milénio. “A participação fundamenta-se no facto de que todos os fiéis estarem capacitados e serem chamados a colocar ao serviço uns dos outros os dons que cada um recebeu do Espírito Santo. […] Na Igreja sinodal, toda a comunidade, na livre e rica diversidade dos seus membros, é convocada para rezar, escutar, analisar, dialogar, discernir e aconselhar na hora de tomar as decisões pastorais mais de acordo com a vontade de Deus”6 .
É preciso esforçar-se genuinamente por assegurar a inclusão das pessoas marginalizadas ou que se sentem excluídas. → Missão: A Igreja existe para evangelizar. Nunca podemos estar centrados em nós mesmos. A nossa missão é testemunhar o amor de Deus no meio de toda a família humana. Este Processo Sinodal tem uma dimensão profundamente missionária. Destina-se a deixar que a Igreja testemunhe melhor o Evangelho, especialmente com aqueles que vivem nas periferias espirituais, sociais, económicas, políticas, geográficas e existenciais do nosso mundo. Deste modo, a sinodalidade é um caminho pelo qual a Igreja pode cumprir mais frutuosamente a sua missão de evangelização no mundo, como fermento ao serviço da vinda do Reino de Deus.
A fase diocesana
Grande parte da riqueza desta fase de escuta virá de discussões entre paróquias, movimentos laicais, escolas e universidades, congregações religiosas, comunidades cristãs de bairro, ação social, movimentos ecuménicos e inter-religiosos e de outros grupos. Os Bispos iniciam o processo, de modo que o envolvimento a nível diocesano pode ser coordenado através dos canais habituais de comunicação do Bispo diocesano. As paróquias com um Conselho Pastoral Paroquial e as dioceses com um Conselho Pastoral Diocesano podem fazer uso destes organismos “sinodais” existentes para organizar, facilitar e dar vida ao Processo Sinodal a nível local, desde que se faça um esforço por chegar às periferias e às vozes que raramente são ouvidas. O objetivo não é sobrecarregar as dioceses e as paróquias, mas integrar criativamente o Processo Sinodal na vida da Igreja local, promovendo uma comunhão mais profunda, uma participação mais plena e uma missão mais frutuosa.
Nesta fase de escuta, incentivamos as pessoas a reunir-se, a responder em conjunto às perguntas/imagens/cenários de estímulo, a escutarem-se umas às outras e a dar um feedback individual e em grupo, propor ideias, exprimir reações e apresentar sugestões. Contudo, se as circunstâncias (tais como as restrições durante a pandemia ou a distância física) dificultarem a interação cara a cara, é possível fazer uso de grupos moderados de discussão online, de atividades em autogestão online, de grupos de diálogo, de chamadas telefónicas e de vários meios de comunicação social, bem como questionários em papel e questionários online. É possível utilizar também materiais de oração, reflexões bíblicas e música sacra, bem como obras de arte, poesia, etc., para estimular a reflexão e o diálogo.
Esta fase diocesana é uma oportunidade para as paróquias e dioceses se encontrarem, experimentarem e viverem juntos o caminho sinodal, descobrindo ou desenvolvendo instrumentos e caminhos sinodais mais adequados ao seu contexto local, que acabarão por se tornar o novo estilo das Igrejas locais no caminho da sinodalidade.
Assim, este Sínodo não espera apenas respostas que possam ajudar a Assembleia do Sínodo dos Bispos, que terá lugar em Roma, em outubro de 2023, mas deseja também promover e desenvolver a prática e a experiência de ser sinodal durante o processo e depois dele, progredindo. Existem excelentes recursos disponibilizados pelas Igrejas locais que já embarcaram nesta viagem, tais como o Guia Metodológico para a Assembleia Eclesial da Conferência Episcopal Latino-Americana e o Concílio Plenário da Austrália com os seus documentos chave. Sugerimos que consultem estes recursos para ajudar e inspirar o vosso trabalho na Igreja local de cada um.